sábado, 6 de junho de 2015

Revolução Francesa



Queda da Bastilha: marco da Revolução Francesa



Contexto Histórico: A França no século XVIII 



A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.

A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.

A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.



A Revolução Francesa (14/07/1789) 





A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha (uma prisão). A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.

Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No mês de  agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.



Girondinos e Jacobinos







Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.


A Fase do Terror 





Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais


Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados à morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.


A burguesia no poder 





Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês


Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.



Conclusão



A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.



RESPONDER:


1. Qual era a situação da França no século XVIII?
2. Como era formado o terceiro estado:
a. _________________
b. _________________
c. _________________
3. Qual o objetivo dos impostos?
4. Como era a França naquela época?
5. Por que se dizia que não havia democracia na França naquela época?
6. Como era a sociedade francesa no século XVIII?
7. Como era a vida dos trabalhadores e camponeses?
8. Quando ocorreu a queda da bastilha?
9. Qual o lema dos revolucionários?
10. O que aconteceu à família real em 1793?
11. O que representavam os partidos políticos abaixo:
a. Girondinos: ____________________________
b. Jacobinos:_____________________________
12. Quando os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais?
13. Quem é colocado no poder em 1795?
14. Quando ocorreu o Golpe do Brumário?
15. O que significou a Revolução Francesa?

domingo, 17 de maio de 2015

REVOLUÇÃO PURITANA






     A Revolução Puritana foi um conflito ocorrido na Inglaterra na década de 1640 entre a monarquia e o parlamento. Carlos I, rei do país, não aceitava a intervenção política dos parlamentares e, de forma autoritária, governava movido por seus interesses.

     As divergências políticas se iniciaram quando Carlos I assumiu o reinado após a morte de seu pai, Jaime I, em 1625. Sua dinastia era responsável por uma série de mudanças políticas na Inglaterra. Jaime I acabou com as medidas liberais dos Tudor e se aliou à Igreja Católica para fortalecer a ideologia conservadora.
Naquela época, a Irlanda tinha uma economia dependente dos ingleses, que mantinham um sistema feudal absolutamente elitizado. No poder, Carlos I queria aumentar a taxa dos impostos, mas dependia de uma aprovação do Parlamento.

     Os parlamentares exigiram uma petição relacionada aos problemas com impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército. Revoltado, o rei acatou as medidas, mas ordenou o fechamento imediato do Parlamento, que perdeu seu direito de intervenção política por mais de 10 anos.
Com a implementação de mais tributos, a burguesia se viu prejudicada e acabou gerando uma crise financeira ao não pagar os altos impostos cobrados pelo rei.

Tal fato acabou dividindo os parlamentares em duas facções:


Diggers: liberais que defendiam a reforma agrária do país e uma distribuição de terras mais igualitária para o desenvolvimento da atividade agrícola.
Levellers: mais conservadores, defendiam o direito de praticar a religião (católica) de forma livre, além de serem adeptos à igualdade jurídica.

     No ano de 1640, Carlos I se viu obrigado a consultar o Parlamento novamente antes de estourar a Guerra Civil. Incomodado com a aversão dos parlamentares aos seus interesses, o rei ameaçou fechar a instituição novamente.

     Preparados, os líderes parlamentares começaram a formar as primeiras milícias para se manterem no cargo. Oliver Cromwell liderou os combatentes das facções em uma investida contra os monarcas.
Em 1649, o exército dos parlamentares conseguiu capturar o rei e acabou aniquilando-o brutalmente, chegando a decapitá-lo.

     Com a vitória obtida, Cromwell tornou-se o novo presidente do Conselho de Estado, após ajudar a dividir grandes fatias de terra com os pequenos camponeses que lutaram a seu favor. Entretanto, após assumir o poder, pela primeira vez no sistema Republicano, acabou excluindo as camadas mais baixas das decisões políticas e governou a Inglaterra de forma severa e autoritária.

EXERCÍCIOS:

1. O que foi a Revolução Puritana?
2. Quem era o rei da Inglaterra nesse período?
3. O que esse rei não aceitava?
4. Como esse rei governava?
5. Quando iniciaram as divergências políticas?
6. O que a sua dinastia era responsável?
7. Quem acabou com as medidas liberais dos Tudor?
8. Como era a economia da Irlanda naquela época?
9. O que o rei Carlos I queria fazer?
10. Do que dependia isso?
11. O que os parlamentares exigiram?
12. Diga o que estava relacionada essa petição?
13. O que o rei fez?
14. Com a implementação de mais tributos, quem ficou prejudicada?
15. Que ano Carlos I se viu obrigado a consultar o parlamento novamente?
16. Preparados, o que os líderes parlamentares começaram a formar?
17. Quem liderou os combates das facções em uma investida contra os monarcas?
18. O que aconteceu em 1649?
19. Quem se tornou o novo presidente do Conselho do Estado?
20. Sobre a divisão dos parlamentares, explique o que cada um deles defendia:
a. Diggers: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
b. Levellers: _______________________________________________________________________
________________________________________________________________________

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Renascimento Cultural



                                          Davi: obra de Michelangelo (grande escultor e pintor italiano)

Introdução 


     Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.

Contexto Histórico 


     As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.

     Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

     Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

Características Principais: 


- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;

- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passaram a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.

     Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.

     Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.


                                                   
                       Mona Lisa de Leonardo da Vinci: uma das obras de arte mais conhecidas do Renascimento


 

Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:


- Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

- Fra Angelico (1395 - 1455) - pintor da fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, altares e afrescos. Obras principais: O coração da virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.

- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura. Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).

- Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).

- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.

- Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.

- Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia.

- Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.

- Ticiano - (1488-1576) - o mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548.



O Renascimento em outras regiões da Europa



- Holanda (Países Baixos): Erasmo de Roterdã foi um dos principais representantes da filosofia e literatura renascentista nos Países Baixos. Humanista e fervoroso crítico social, sua principal obra foi Elogio da loucura. Já no campo das artes plásticas, podemos destacar o pintor holandês Jan Van Eyck, cuja obra principal e mais conhecida é O Casal Arnolfini.

- Espanha: Na literatura podemos destacar o escritor Miguel de Cervantes, autor da conhecida obra Dom Quixote de la Mancha. Nas artes plásticas, destaca-se o pintor El Greco, autor de A Ascensão da Virgem, Adoração dos reis magos, El Expolio, entre outras.

- França: no campo da literatura renascentista francesa, podemos destacar o escritor e padre François Rabelais, autor da série de romances Gargântua e Pantagruel. Outro importante escritor renascentista francês foi o filósofo Montaigne, autor de Ensaios.

- Inglaterra: William Shakespeare foi o grande destaque da literatura inglesa renascentista. Considerado também um dos maiores escritores de todos os tempos, é autor de muitas obras famosas como, por exemplo, Romeu e Julieta, O Mercador de Veneza, O Rei Lear e Macbeth.


Renascimento Científico 


     Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.



                                               
                              Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento Científico


 
     Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a ideia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para fugir da fogueira.

     A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.


RESPONDER:

1. O que foi o Renascimento?
2. Quando ocorreu?
3. Onde ocorreu?
4. O que ampliou o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século  XV?
5. O que foi o mecenato?
6. Onde o comércio mais se desenvolveu nessa época?
7. Qual país ficou conhecido como o berço do Renascimento?
8. Qual foi uma das obras mais conhecidas do Renascimento e quem a fez?
9. Quem fez as pinturas da capela Sistina?
10. O que foi o heliocentrismo?
11. Quem criou a teoria do heliocentrismo?
12. O que o alemão Gutenberg inventou em 1439?

segunda-feira, 4 de maio de 2015

OS INCAS



Machu Picchu: cidade sagrada dos incas


Introdução 


A Civilização Inca desenvolveu-se na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram conquistados e dominados pelos espanhóis no ano de 1532.

Governo 


O imperador, conhecido por Sapa Inca, era considerado um deus na Terra. A sociedade era extremamente hierarquizada e formada por: nobres ( governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Cultura Inca


Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

Religião


A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti ). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).

Escrita


Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.

OS MAIAS





Introdução 


A civilização maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do atual México). Este povo nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.

Organização e sociedade 


Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos vizinhos. As cidades formavam o núcleo de decisões e práticas políticas e religiosas da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses no Planeta Terra. A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.

Economia e agricultura


A economia era baseada na agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação do solo eram muito avançadas para a época. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.

Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço arquitetônico. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.

Religião


A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo  calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.

Escrita 


Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.

Matemática maia


Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.

ASTECAS


     O povo asteca foi uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que se desenvolveu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México. Era um povo guerreiro.

     Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. A sociedade asteca era hierarquizada e rigidamente dividida.

     Era comandada por um imperador, chefe do exército. Desenvolveram muito as técnicas agrícolas e construíram obras de drenagem. O artesanato deste povo era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. Ficaram conhecidos como um povo guerreiro.

     A sociedade era hierarquizada e rigorosamente dividida. Era liderada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população.

     Esta camada mais inferior da sociedade era coagida a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas como canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides, entre outros.

     Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por quase 500 cidades e estas pagavam altos impostos para o imperador. O império asteca começou a ser arrasado em 1519 a partir das invasões espanholas.

     Os espanhóis dominaram os astecas e se apropriaram de grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.

Arte e arquitetura: pirâmide da civilização asteca


     Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

     O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.

     Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

A religião


     Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.

Sacrifícios feitos:


Dedicado a Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para alimentar seu deus;

Dedicado a Tlaloc: anualmente eram sacrificados crianças no cume da montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus proveria.

     No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Observações astronômicas estudo dos calendários fazia parte do conhecimento dos sacerdotes. O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios.

     Segundo o divulgado pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina encontraremos um sem número de ritos. Há referências a um deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl mandou fazer um templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a quem nós vivemos".

A medicina


     As contribuições da antropologia médica situam o conhecimento mítico religioso como formas de racionalidade médica se constitui como um sistema lógico e teoricamente estruturado, que tenha como condição necessária e suficiente para ser considerado como tal, a presença dos seguintes elementos:

1. Uma morfologia (concepção anatômica);
2. Uma dinâmica vital ("fisiologia");
3. Um sistema de diagnósticos;
4. Um sistema de intervenções terapêuticas;
5. Uma doutrina médica (cosmologia).

     Pelo menos parcialmente preenche tais requisitos. Apresenta-se como teoricamente estruturado, com formação específica (o aprendizado das diversas funções da classe sacerdotal), o relativo conhecimento de anatomia (comparado com sistemas etnomédicos de índios dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função, talvez, da prática de sacrifícios humanos, mas não necessariamente dependente dessa condição. Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos quebrados.

     A dinâmica vital da relação tonal – nagual ou explicações do efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos contudo o sistema de intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas, ritos são evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem conhecida.

     No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de corpo estranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual); Agressões ou perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).
Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam simultaneamente uma categoria de análise de causa e possibilidade de intervenção por sua intercessão.  
   
     Tlaloc estava associado aos ares e doenças do frio e da pele (úlceras, lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e paralisia; Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte (tlazolmiquiztli); Ixtlilton curava as crianças; Lume ajudava as parturientes; Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

Plantas & Técnicas


     O tabaco e o incenso vegetal estavam presentes em suas práticas. Seus médicos feiticeiros em nome dos Deuses realizavam ritos de cura com plantas que contém substâncias psicodélicas que ensinam à causa das doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e sofrimentos infligidos e os casos de enfeitiçamento ou castigo dos deuses.

     Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a base de milho, passiflora, o bálsamo do peru, a raiz de jalapa, a salsaparrilha, a valeriana entre centenas de outras registradas em códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.


Imperadores


Itzcoatl (1427-1439)
Montezuma I (1440-1468)
Axayacatl (1469-1485)
Ahuizotl (1486-1502)
Montezuma II (1503-1520)
Cuauhtémoc (1520-1521)


Cidades históricas


Tenochtitlán
Coatepec
Chapultepec
Itzapalapa
Iztapam
Tlacopán
Coyotepec


Escrita asteca


     A origem do sistema não é claro, mas pensa-se que deriva da Escrita Zapoteca. A escrita asteca não era escrita de qualquer forma particular, e os glifos não eram escritos linearmente, mas arranjadas ideograficamente para representar uma cena ou uma composição maior. Na parte de baixo da figura estaria o solo, e na parte de cima o céu. A figura não era para ser lida, mas "decifrada". Não há regras ou glifos: cada escriba criava suas próprias representações das idéias que ele desejava transmitir.

SOCIEDADE MINERADORA



INTRODUÇÃO

     Desde o final do século XVI na capitânia de São Vicente, o Brasil já tinha conhecido uma escassa exploração mineral do chamado ouro de lavagem, que em razão da baixa rentabilidade, foi rapidamente abandonada.

     Somente no século XVIII é que a mineração realmente passou a dominar o cenário brasileiro, intensificando a vida urbana da colônia, além de ter promovido uma sociedade menos aristocrática em relação ao período anterior, representado pelo ruralismo açucareiro.


DESDOBRAMENTOS: SOCIEDADE E CULTURA

     O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças na vida colonial. Em cem anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhões de pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil.

     Paralelamente foi intensificado o comércio interno de escravos, chegando do Nordeste cerca de 600 mil negros. Tais deslocamentos representam a transferência do eixo social e econômico do litoral para o interior da colônia, o que acarretou na própria mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, cidade de mais fácil acesso à região mineradora.

     A vida urbana mais intensa viabilizou também, melhores oportunidades no mercado interno e uma sociedade mais flexível, principalmente se contrastada com o imobilismo da sociedade açucareira.

     Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava-se da açucareira, por seu comportamento urbano, menos aristocrático e intelectualmente mais evoluído.

     Era comum no século XVIII, ser grande minerador e latifundiário ao mesmo tempo. Portanto, a camada socialmente dominante era mais heterogênea, representada pelos grandes proprietários de escravos, grandes comerciantes e burocratas. A novidade foi o surgimento de um grupo intermediário formado por pequenos comerciantes, intelectuais, artesãos e artistas que viviam nas cidades.

     O segmento abaixo era formado por homens livres pobres (brancos, mestiços e negros libertos), que eram faiscadores, aventureiros e biscateiros, enquanto que a base social permanecia formada por escravos que em meados do século XVIII, representavam 70% da população mineira.

     Para o cotidiano de trabalho dos escravos, a mineração foi um retrocesso, pois apesar de alguns terem conseguido a liberdade, a grande maioria passou a viver em condições bem piores do que no período anterior, escavando em verdadeiros buracos onde até a respiração era dificultada. Trabalhavam também na água ou atolados no barro no interior das minas.

     Essas condições desumanas resultam na organização de novos quilombos, como do rio das Mortes, em Minas Gerais, e o de Carlota, no Mato Grosso. Com o crescimento do número de pequenos e médios proprietários a mineração gerou uma menor concentração de renda, ocorrendo inicialmente um processo inflacionário, seguido pelo desenvolvimento de uma sólida agricultura de subsistência, que juntamente com a pecuária, consolidam-se como atividades subsidiárias e periféricas.

     A acentuação da vida urbana trouxe também mudanças culturais e intelectuais, destacando-se a chamada escola mineira, que se transformou no principal centro do Arcadismo no Brasil. São expoentes as obras esculturais e arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais e do Mestre Valentim, no Rio de Janeiro.

REVOLUÇÃO GLORIOSA



     Revolução Gloriosa  é o nome dado pelo movimento ocorrido na Inglaterra entre 1688 e 1689 no qual o rei Jaime II foi destituído do trono britânico. Chamada por vezes de "Revolução sem sangue", pela forma deveras pacífica com que ocorreu, ela resultou na substituição do rei da dinastia, católico, pelos protestantes Guilherme  (em inglês, William), Príncipe de Orange, da Holanda, em conjunto com sua mulher Maria II (respectivamente genro e filha de Jaime II).

     Tal revolução toma forma com um acordo secreto entre o parlamento inglês e Guilherme de Orange, stadtholder da Holanda (título específico holandês, equivalente a "chefe de estado") numa manobra que visava entregar o trono britânico ao príncipe, devido à repulsa dos nobres britânicos ante à insistência de Jaime II em reconduzir o país no rumo da doutrina católica.

     Assim, as tropas abandonam o rei Jaime e em junho de 1688 Guilherme de Orange é aclamado rei com o nome de Guilherme III. É estabelecido assim um compromisso de classe entre os grandes proprietários e a burguesia inglesa.

     Seu efeito negativo foi sentido pela população em geral, que foi marginalizada pela nova ordem. Outro efeito, porém, foi o de mostrar que não era necessário eliminar a figura do rei para acabar com um regime absolutista, desde que este aceitasse uma completa submissão às leis ditadas pelo parlamento.

     Assim, a Revolução Gloriosa iniciou a prática seguida até hoje na política britânica, que é a da Monarquia Parlamentar, em substituição ao absolutismo, onde o poder do rei é delimitado pelo parlamento.

     O movimento possui feições mais associadas a um golpe de estado propriamente do que uma autêntica revolução, e em linhas gerais foram poucas as batalhas e conflitos deflagrados pela deposição do rei, com exceção de regiões de maioria católica, como na Irlanda e na Escócia, local de origem da dinastia Stuart, da qual Jaime II era integrante.

     A Revolução Gloriosa marcou um importante ponto para o direcionamento do poder em direção do parlamento, afastando a Inglaterra permanentemente do absolutismo.

     Foi aprovado no parlamento o Bill of Rights (declaração de direitos) onde proibia-se que um monarca católico voltasse a governar o país, além de eliminar a censura política, reafirmando o direito exclusivo do Parlamento em estabelecer impostos e o direito de livre apresentação de petições.

     A declaração ainda garantiu ao parlamento a organização e manutenção do exército, tirando qualquer possível margem de manobra política e institucional possível do monarca.

     Assim, a barreira representada pelo absolutismo foi removida da vista da classe burguesa e da aristocracia rural, trazendo uma consequente prosperidade e florescimento às duas, que viveriam a seguir, com a Revolução Industrial, o seu auge dentro da sociedade inglesa.

domingo, 3 de maio de 2015



O Processo de Mumificação Egípcia

O PREPARO DO CORPO PARA O ALÉM-MORTE


                                                         

Os funerais no Egito antigo eram rituais muito trabalhosos, que podiam durar até 70 dias. O famoso processo de mumificação, que incluía o embalsamamento do corpo, atendia a crenças religiosas e à esperança de uma vida eterna, na qual o morto poderia gozar as delicias do paraíso celestial.



Os egípcios acreditavam que, após a morte, a alma embarcava numa viagem pelo submundo, onde seria julgada pelo deus Osíris. Uma sentença positiva lhe daria a oportunidade de ser recolocada junto ao corpo para então viver a redenção prometida. Desde 4000 a.C., os egípcios se preocupavam em levar uma vida cotidiana regrada, com a esperança de serem considerados bons no julgamento de Osíris.



A mumificação era feita para que o corpo se mantivesse tal qual fora em vida, de modo a facilitar o seu reconhecimento pela alma. Por isso as técnicas para esse fim eram tão avançadas.






No entanto, nem todos recebiam as mesmas regalias das castas superiores. O embalsamamento demorado e coberto de homenagens era privilégio de pessoas importantes. O corpo do egípcio das castas medianas passava pelo processo de limpeza e salgação, para que fosse desidratado, de modo a se conservar.

O corpo do egípcio das castas inferiores geralmente era enterrado em sepulturas e mumificado naturalmente graças ao clima seco e quente do deserto.



ETAPAS DA MUMIFICAÇÃO




1. Inicialmente, o corpo era levado para um local conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da purificação'. Lá os embalsamadores (sacerdotes) lavavam o corpo com essências aromáticas e com as águas do Nilo e o depilavam.





2. Um gancho, introduzido na narina, servia para retirar o cérebro. Por não ser considerado importante para o além-morte, este era descartado.




                                          


3. Os órgãos vitais eram retirados por um corte lateral na altura do abdômen e colocados em vasos canopos, que ficariam ao lado do sarcófago. Esses vasos eram feitos de madeira, pedra, cerâmica ou faiança. Cada um dos quatro canopos era amparado por um dos quatro filhos de Hórus, divindades menores, identificados pela cabeça na tampa.

                                                   

Cada um recebia também a proteção de uma deusa feminina. Os intestinos eram amparados por Qebehsenuf (cabeça de falcão) e pela deusa Serket; o estômago por Duamutef (cabeça de chacal) e pela deusa Neit; os pulmões por Hâpi (cabeça de babuíno) e pela deusa Néftis; e o fígado por Imset (cabeça de homem) e pela deusa Ísis. O coração – centro da inteligência e força vital – permanecia no corpo.




                                             


4. O corpo era então coberto por natro, um tipo de sal, e assim ficava por 40 dias até todos os fluídos secarem. Ao final da salgação, estava fino e escuro.



                                         

5. As cavidades eram tampadas com linho embebido em resina.

6. O rosto era maquiado. Sobre a cabeça, era colocada uma peruca. Óleos de mirra e zimbro cobriam o corpo. Folhas esmagadas de tomilho ajudavam a perfumá-lo. Resina era espalhada por todo o corpo para melhor protegê-lo.




7. No local onde havia sido feito o corte para a retirada dos órgãos, era colocado um prato de ouro com o olho de Rá desenhado, também como forma de proteção.


                                        



8. Incenso era usado para purificar o ar.


                                                        


9. O corpo era então enrolado em tiras de linho e ganhava amuletos dos religiosos.



                                          
10. A máscara era finalmente encaixada na múmia, que era colocada dentro do sarcófago com um hieróglifo com o nome do morto.


                                      





História do Egito Antigo

Pirâmides de Gizé no Egito

Introdução  

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano(margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).

A importância do rio Nilo




Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.

Sociedade Egípcia 



A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade.
Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.

Escrita no Egito Antigo 


A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos).
As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.

Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo linguísta e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta.



 Hieróglifos: a escrita egípcia


 Economia 



A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato.
Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

Religião no Egito Antigo: a vida após a morte 



A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas.
As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida.  Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Mumificação 



Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve.
Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

Civilização 



A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

Arquitetura egípcia 


No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.


Aconteceu na História do Egito:


- Por volta de 3100 a.C., o faraó Menés I funda a Primeira Dinastia egípcia ao unificar as diversas culturas do Nilo (Alto e Baixo Egito).

- Por volta de 2500 a.C., os egípcios começam a usar os papiros para produzir registros de diversas naturezas.

- Por volta de 1580 a.C., começa a ser escrito o Livro dos Mortos (escritos religiosos e místicos) em papiros. Eram colocados junto às múmias nos sarcófagos, que ficavam dentro das pirâmides.

- No século XIV, o faraó Aquenáton (Amenófis IV) e sua esposa Nefertiti abandonam o politeísmo e implantam o monoteísmo, através da adoração de um único deus: Aton. Porém, o politeísmo voltou após a morte deste faraó.


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:

1. Qual a localização da civilização egípcia?
2. Qual o nome do rio que teve importância para os egípcios?
3. Quais as utilidades do rio Nilo?
4. Quem era a autoridade máxima no Egito?
5. Quem eram os escribas?
6. Quais as duas principais formas de escrita egípcia?
7. No que era baseada a economia do Egito?
8. Que outras formas de economia os egípcios também praticavam?
9. Como era a religião egípcia?
10. Quais os objetivos das oferendas e festas em homenagem aos deuses?
11. Qual o objetivo da mumificação?
12. Quais animais eram considerados sagrados pelos egípcios?
13. Qual foi o destaque da civilização egípcia?
14. No que os conhecimentos de matemática foram usados no Egito?
15. O que os conhecimentos de mumificação proporcionaram aos egípcios?
16. Quais construções foram destaque na arquitetura egípcia?
17. Quais são as construções mais conhecidas do Egito Antigo?




A Expansão Marítima e Comercial da Europa




O que foi esse movimento?

     No começo do século XV, um movimento que ocorreu na Europa tinha o seu início: A Expansão Marítima. Os países europeus finalmente lançaram-se na conquista dos mares, descobrindo lugares que sequer suspeitavam da existência e iniciando a colonização de terras em outros continentes.
     A civilização europeia estava saindo da Idade Média e iniciando a Idade Moderna, enfrentavam problemas por causa da crise do feudalismo e sentiram a necessidade de expandir seu mercado, a partir daí começava a expansão marítima e comercial daquele continente.
Fatores que levaram à Expansão Marítima
1 – A procura de especiarias:  A Itália possuía duas cidades (Gênova e Veneza) que dominaram o mercado de especiarias no Mediterrâneo Oriental, pois era necessário buscar as mercadorias (tecidos, tapetes, perfumes, etc.) nos portos de Alexandria e Constantinopla. Eles revendiam esses produtos por preços absurdos, visando apenas um grande lucro. A burguesia europeia, cansada desses preços, percebeu que era hora de descobrir um novo caminho para as Índias, para quebrar o monopólio italiano sobre o comércio no mar Mediterrâneo.
2 – A escassez de metais preciosos: As minas europeias já não conseguiam atender a demanda de metais preciosos. A escassez foi consequência da grande quantidade de moedas usadas para o pagamento das importações. Eles perceberam que era preciso buscar novas fontes/novas minas fora do continente europeu.
3 – Aliança entre o rei e a burguesia: Essa aliança buscava a valorização do comércio e a centralização do poder, possibilitando a derrota da nobreza feudal. Funcionava desse modo: a burguesia fornecia capital e armas para o exército, em troca, os reis promoviam melhorias no comércio para atenderem aos interesses da burguesia.
4 – A Catequese: A igreja católica desejava conquistar novos fiéis para compensar as perdas com a Reforma Protestante (que havia “tomado” muitos de seus religiosos). A possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo animava os católicos.
5 – Avanços na Arte Náutica: Desejavam aprimorar seus conhecimentos geográficos, após o desenvolvimento da cartografia. As tecnologias de navegação estavam em grande grau de avanço, logo, invenções como a bússola, o astrolábio e a caravela tornaram as viagens bem mais seguras.
O Pioneirismo Português
     Portugal  foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI. Os portugueses já possuíam certa experiência em navegações – por causa da pesca de bacalhau, por exemplo – o que ajudou bastante o país.
     Esse pioneirismo só foi possível com: investimento de capital vindo da burguesia e da nobreza (muito interessados no lucro que este negócio poderia gerar), boa qualidade de suas caravelas (superiores à de outras nações) e a preocupação com os estudos náuticos (chegaram a criar até um centro de estudos, A Escola de Sagres).
     Foi durante essa boa fase que Portugal chegou ao Brasil. Em 1500, Pedro Álvares Cabral o descobriu, antes de seguir até a Índia. Existem controvérsias sobre esta vinda (se foi intencional ou não). Portugal também acabou em disputa com a Espanha, pelas terras da América.
Consequências
        Ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra.
        Revolução comercial – unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
        A decadência das cidades italianas.
        Formação do Sistema Colonial.
        Escravismo em moldes capitalistas.
        Hegemonia europeia sobre o mundo.
        Afluxo de metais provenientes da América para a Europa.